sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Passas de Cajú - Deinha

Crianças passavam vendendo Passas de Cajú.Eu muito curiosa perguntei  como era feito esses deliciosos Doces? Ai minha senhora ,minha mãe compra o caju,  tira as castanhas  e bota nós pra  chupar e aí depois de chupado   coloca na panela, e aí  ela começa o ritual de fazer o doce.  Depois  de pronto coloca nas latas e saímos para vender. Latas que ela arrumava ou no lixo ou dos leites das crianças. È assim,  era feita a deliciosa Passa de Caju.

Restaurante Chinês - Deinha

Jantávamos sempre em um restaurante muito limpo em Olinda. Um famoso  restaurante.
Um belo dia resolvemos conhecer a cozinha, ao chegar  ao recinto encontramos uma mulher forte ,muiiiito forte, embalando os talheres. Tudo muito limpinho! Para a nossa surpreza ,ficamos encantados com a forma de embalar os talheres.  O saco da embalagem era levado a boca e soprado para se encher de ar facilitando a entrada dos talheres.Depois passava a chama da vela para lacrar os benditos saquinhos  banhados de cuspe. Assim, ficamos encantados com a higiene do restaurante e não ficamos. Que acham? Uma beleza,não? Nunca mais voltamos.

Picolé caseiro

Juntávamos todas as crianças para passear de bicicleta e tomar o delicioso sorvete de d. Mocinha. Era uma verdadeira festa sorvete de todos sabores : caju, goiaba, abacaxi, morango,uva, graviola,tangerina etc. era o passeio mais adorável das crianças.Eu amava.

Praia do Janga - Deinha

Lugar pacato, estrada de barro, luz candeeiro, lampião de gás.
Passamos o começo do veraneio com amigos queridos. Casas alugadas,  carro pequeno,  e aí compramos um terreno e construímos uma casa,  onde veraneamos durante quatro meses por Ana.  As férias eram deliciosas.
Pescávamos com a  jangada do pescador, era um passeio agradável onde chegando nas piscinas tomávamos banho com água cristalina. Na volta o almoço  era aquela peixada com pirão e Lagosta na manteiga. I.maginem!aaoço de uma peixada.maginem!
A tarde se fazia a cesta nas redes, ao acordar o papo era animadíssimo, muita conversa e animação. A noite de lua   passeávamos pela praia cantando e dançando a beira mar.
 No carnaval a festa  na casa do Dr Francisco  era muita animação regada de feijoada com um porcão assado e batida de caju. Fretávamos um ônibus para ver os blocos na ladeira. Brincava-se muito a alegria tomava conta  de todos .
Que saudade do mar salgado que com grande emoção arranca o sal da goela e cospe amor.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Presente de Grego

Passávamos  quatro  meses na praia do Janga em veraneio.
Um cliente do meu marido nos deu de presente alguns pintos de granja, logo logo viraram frangos e  tive que abatê-los .Transformaram-se em um jantar delicioso! Convidei  os vizinhos e virou festa, regado a vinhos, queijos saladas verde,farofa de ovo,purê de batata,arroz branco e feijão verde.
Sempre gostamos da casa cheia. Mesmo com toda alegria  no meu intimo havia uma tristeza, sentia falta de filo,ximbica,assustado,chorão,piupiu,pepeu,denguinho,minúsculo,menino,mimoso,faminto Dinho,raivoso , assim, chamava meus pintinhos. Era lindo, eles atendiam pelo nome.  Sofri  em abatê-los.  Mas, confesso que ficaram uma delícia!
Bem, a vida tem dessas coisas....
Fico cheia de saudades  dos belos  veraneios com filhos pequenos,  numa praia tranqüila, onde podíamos descansar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A morte anunciada

 Coração de Nego, a beira mar com seus galhos fazendo sombras espetaculares. Infelizmente, começaram a fazer piqueniques com churrascos, muita bebedeira. A noite maconheiros e namoros eróticos, assim, ficando complicado.
Chegando o veraneio as folhas ficam amareladas, caem bastante e os galhos ficam secos. Ventos fortes vão soltando as folhas sobre o chão e aí fizeram uma fogueira junto ao tronco da árvore. Com o calor do fogo no tronco ficou livre das folhas inúteis e aí a pobre coitada , foi tombando, morrendo aos poucos. A sombra espetacular dos piqueniques morreu. Sentimos falta da arvore e ao mesmo tempo alivio de não ter mais a presença dos perturbadores.