quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Reflexão

Mais um ano se passou, e um  ano novo está nascendo, fico pensando se o que fizemos de bom foi o suficiente? Será que não fomos um pouco egoísta com o próximo? Será que pensamos no sofrimento das pessoas? O que fizemos para amenizar esse sofrimento alheio? Será que a dor do próximo faz parte da gente?  Fazendo uma grande reflexão, cheguei a conclusão que quando ajudamos e somos atenciosos com um amigo, na verdade estamos sendo atenciosos com nós mesmos, já que nesta vida dependemos um do outro. A nossa felicidade depende da felicidade do outro. Às vezes, um simples telefonema, um “Bom dia” por e-mail  pode salvar uma vida. Portanto, desejo para você  querido amigo e para toda sua família, um ano cheio de realizações, saúde e acima de tudo muito amor pra vocês e para o próximo que as vezes está mais próximo do que imaginamos. Que  2011 seja com muita solidariedade e harmonia.
Beijos com carinho, Deinha

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Saudade

Com saudade dos olhos descem finos fios de lágrimas!
Perambulando pelas ruas do  meu bairro e sonhando, olhando para as árvores,  os atletas,  os passantes apressados para o trabalho. Maravilhoso os pássaros em revoada cantando com beleza como um milagre e a graça das bailarinas.
Hoje, já recuperei meu riso, minha alegria,minha esperança! Abro os braços e jogo fora toda a injustiça e fico muito feliz. Hoje, sou eu, regada pelo amor adquirido e perseverante.

Cumpri minha missão como esposa, filha,mãe, irmã e amiga, maravilhosa estou.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O enterro da perna cabeluda

Dona Severina, mulher pacata  que seguia fielmente os costumes da família, depilação não fazia parte da sua rotina. Eram todos peludos, inclusive as pernas...
Em uma das pernas, ela tinha um ferimento coberto por pêlos.
Foi para o medico fazer exames periódicos e descobriu que o problema da perna era grave, um ferimento que não cicatrizava. Tomou todos os remédios  e fez todos  os tratamentos possíveis:  Quimioterapia, Radioterapia ,Remédios caseiros, até bosta de boi  e filé em cima da ferida.  Mas, infelizmente chegou o veredito: cortar a perna.
Chegando o dia da operação, fizeram uma despedida da perna. Chamaram todos da família, contrataram uma batucada e ofereceram  comes e bebes regado de vinhos e queijos, dançaram até de madrugada. A doente participou de toda festa e até ficou muito animada, chegou a cantar tocando seu violão com sua bela voz que na juventude encantou a todos.
Finalmente chegou  o dia da cirurgia e correu tudo bem,.  Agora, o que fazer com a perna? Jogar  no lixo  ou enterrar? Fizeram um enterro com caixão,  catacumba e recitaram “Bela minha, Bela sempre bela uma perna enterrar” E foi assim que  velaram  e sepultaram a perna cabeluda.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Passas de Cajú - Deinha

Crianças passavam vendendo Passas de Cajú.Eu muito curiosa perguntei  como era feito esses deliciosos Doces? Ai minha senhora ,minha mãe compra o caju,  tira as castanhas  e bota nós pra  chupar e aí depois de chupado   coloca na panela, e aí  ela começa o ritual de fazer o doce.  Depois  de pronto coloca nas latas e saímos para vender. Latas que ela arrumava ou no lixo ou dos leites das crianças. È assim,  era feita a deliciosa Passa de Caju.

Restaurante Chinês - Deinha

Jantávamos sempre em um restaurante muito limpo em Olinda. Um famoso  restaurante.
Um belo dia resolvemos conhecer a cozinha, ao chegar  ao recinto encontramos uma mulher forte ,muiiiito forte, embalando os talheres. Tudo muito limpinho! Para a nossa surpreza ,ficamos encantados com a forma de embalar os talheres.  O saco da embalagem era levado a boca e soprado para se encher de ar facilitando a entrada dos talheres.Depois passava a chama da vela para lacrar os benditos saquinhos  banhados de cuspe. Assim, ficamos encantados com a higiene do restaurante e não ficamos. Que acham? Uma beleza,não? Nunca mais voltamos.

Picolé caseiro

Juntávamos todas as crianças para passear de bicicleta e tomar o delicioso sorvete de d. Mocinha. Era uma verdadeira festa sorvete de todos sabores : caju, goiaba, abacaxi, morango,uva, graviola,tangerina etc. era o passeio mais adorável das crianças.Eu amava.

Praia do Janga - Deinha

Lugar pacato, estrada de barro, luz candeeiro, lampião de gás.
Passamos o começo do veraneio com amigos queridos. Casas alugadas,  carro pequeno,  e aí compramos um terreno e construímos uma casa,  onde veraneamos durante quatro meses por Ana.  As férias eram deliciosas.
Pescávamos com a  jangada do pescador, era um passeio agradável onde chegando nas piscinas tomávamos banho com água cristalina. Na volta o almoço  era aquela peixada com pirão e Lagosta na manteiga. I.maginem!aaoço de uma peixada.maginem!
A tarde se fazia a cesta nas redes, ao acordar o papo era animadíssimo, muita conversa e animação. A noite de lua   passeávamos pela praia cantando e dançando a beira mar.
 No carnaval a festa  na casa do Dr Francisco  era muita animação regada de feijoada com um porcão assado e batida de caju. Fretávamos um ônibus para ver os blocos na ladeira. Brincava-se muito a alegria tomava conta  de todos .
Que saudade do mar salgado que com grande emoção arranca o sal da goela e cospe amor.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Presente de Grego

Passávamos  quatro  meses na praia do Janga em veraneio.
Um cliente do meu marido nos deu de presente alguns pintos de granja, logo logo viraram frangos e  tive que abatê-los .Transformaram-se em um jantar delicioso! Convidei  os vizinhos e virou festa, regado a vinhos, queijos saladas verde,farofa de ovo,purê de batata,arroz branco e feijão verde.
Sempre gostamos da casa cheia. Mesmo com toda alegria  no meu intimo havia uma tristeza, sentia falta de filo,ximbica,assustado,chorão,piupiu,pepeu,denguinho,minúsculo,menino,mimoso,faminto Dinho,raivoso , assim, chamava meus pintinhos. Era lindo, eles atendiam pelo nome.  Sofri  em abatê-los.  Mas, confesso que ficaram uma delícia!
Bem, a vida tem dessas coisas....
Fico cheia de saudades  dos belos  veraneios com filhos pequenos,  numa praia tranqüila, onde podíamos descansar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A morte anunciada

 Coração de Nego, a beira mar com seus galhos fazendo sombras espetaculares. Infelizmente, começaram a fazer piqueniques com churrascos, muita bebedeira. A noite maconheiros e namoros eróticos, assim, ficando complicado.
Chegando o veraneio as folhas ficam amareladas, caem bastante e os galhos ficam secos. Ventos fortes vão soltando as folhas sobre o chão e aí fizeram uma fogueira junto ao tronco da árvore. Com o calor do fogo no tronco ficou livre das folhas inúteis e aí a pobre coitada , foi tombando, morrendo aos poucos. A sombra espetacular dos piqueniques morreu. Sentimos falta da arvore e ao mesmo tempo alivio de não ter mais a presença dos perturbadores.